Por José Carlos Werneck

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, retirou da pauta de votação plenário da Corte o processo envolvendo o senador Renan Calheiros, o que possibilitará que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, seja julgado antes do presidente do Senado. Alguns membros do STF mostraram-se desconfortáveis com a medida, porque o processo de Cunha, apesar de mais urgente, está no tribunal há muito menos tempo que o de Renan, que lá está desde 2013.

Os advogados que defendem o senador, que foi um dos avalistas da escolha de Fachin, ganharam tempo denunciando irregularidades numa diligência feita por ocasião do inquérito, mas o verdadeiro motivo do adiamento é a enorme pressão política do presidente do Senado sobre o Palácio do Planalto e o Supremo.

Os ministros e vários especialistas têm como improvável e dificílima a probabilidade do STF tirar o deputado Eduardo Cunha da presidência da Câmara, mas consideram que a denúncia sobre o recebimento de propina da Petrobras e o ocultamento de contas fora do País será acatada.

 

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