O senador Delcídio Amaral (PT-MS) deverá passar o fim de semana em casa com a família em Brasília e na segunda-feira voltará a dar expediente no Senado e até mesmo reassumir a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), uma das mais importantes do Legislativo. O senador foi orientado pela banca de advogados que o acompanha desde a prisão em novembro passado a retomar as atividades do mandato sem qualquer inibição, mesmo diante da resistência de alguns colegas.
Delcídio foi preso em 25 de novembro passado a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O pedido foi acolhido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e ratificado pelo plenário do Senado. O senador é acusado de tentar manipular a delação e, ao mesmo tempo, tramar a fuga do ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, um dos principais acusados e, agora, réu colaborador da Operação Lava-Jato.
A trama teria a participação ou conivência do chefe de gabinete Diogo Ferreira, do advogado Edson Ribeiro.
— Ele é o presidente da CAE. Ele vai exercer o mandato sem constrangimento. Eu sei que ele vai fazer isso porque ele é muito tranquilo, muito respeitado — afirma Gilson Dipp, ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e hoje um dos advogados de Delcídio.
O senador Delcídio do Amaral (MS) vai encontrar um cenário complicado na volta às atividades no Senado. Pelo menos é o que projetam colegas de Delcídio ouvidos pelo G1. Os parlamentares preveem que o ex-líder do governo passará por “constrangimento” ao longo dos compromissos legislativos e sofrerá desgaste na defesa do mandato em processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética da Casa.
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