No final de seu discurso na reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a presidente Dilma Rousseff disse que não poderia terminar suas palavras sem citar o “grave momento” que o Brasil vive. Sem mencionar nominalmente o impeachment que corre no Congresso Nacional, Dilma disse que o povo brasileiro é “trabalhador e tem grande apreço pela liberdade” e vai saber “impedir quaisquer retrocesso [na democracia]“. Dilma participou de uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU), para assinar o Acordo de Paris sobre Mudança do Clima e constrangeu internacionalmente o Brasil.
O discurso de Dilma foi mais ameno do que o esperado. A petista havia sido orientada por assessores a repetir na reunião da ONU o que vem falando no Brasil, de que o processo de impedimento é um “golpe”. A estratégia era criar pressão internacional contra seu afastamento, mas o único apoio que Dilma recebeu foi de figuras como Nicolás Maduro, da Venezuela, e do ditador cubano Raúl Castro. Após a divulgação da estratégia do Planalto, Dilma foi criticada na quarta-feira pelo decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello.
O ministro afirmou que é um “gravíssimo equívoco” dizer que há um golpe em curso no Brasil, uma vez que o “Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal já deixaram muito claro o procedimento de apurar a responsabilidade política da presidente”. Segundo Celso de Mello, o processo de impeachment “respeitou, até o presente momento, todas as fórmulas estabelecidas na Constituição” e tem transcorrido em um clima de “absoluta normalidade jurídica”. (Veja)
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