Via Época

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou ao Supremo Tribunal Federal, na semana passada, a mais dura peça acusatória contra o PT. Janot pede a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos investigados no inquérito 3.989.

Ao descrever o papel do ex-presidente no caso, que justificaria uma investigação mais aprofundada, Janot faz uma das mais pesadas afirmações já dirigidas ao ex-presidente. “Pelo panorama dos elementos probatórios colhidos até aqui e descritos ao longo dessa manifestação, essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dela participasse.”

Se o mensalão arranhou a imagem do PT, a colocação de Lula como chefe do petrolão pode representar o ocaso de um partido que, em 13 anos, teve a capacidade de combinar avanços sociais com dezenas de denúncias de corrupção e fisiologismo, sempre aliado ao PMDB – que agora critica. A Lava Jato, assim, avança em relação ao mensalão, no qual a participação de Lula foi levantada, mas o ex-presidente passou incólume pelo crivo investigatório. Agora, Lula é o principal investigado.

 

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