Enfim, um nome sem suspeitas

A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eliana Calmon é o principal nome cotado para assumir o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle do governo interino de Michel Temer. O cargo ficou vago após a divulgação de gravação entre Fabiano Silveira e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, novo delator da Lava Jato, na qual o ex-ministro critica a Operação e dá orientações sobre como lidar com as investigações em curso. À época da conversa, Machado já era investigado pela Lava Jato, tendo sido alvo de uma fase, e Silveira, conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também estava presente na conversa. Renan é alvo de inquéritos produzidos pela investigação na Petrobras. Ex-corregedora de Justiça, Eliana Calmon concorreu ao Senado na eleição de 2014, pelo PSB-BA, mas ficou em terceiro lugar, com 8,4% dos votos, atrás do senador eleito Oto Alencar (à época do DEM, hoje no PSD) e de Geddel Vieira Lima (PMDB).

Nascida em Salvador, Eliana Calmon gerou, em 2011, um mal-estar com o então presidente do Supremo Tribunal Federal Cézar Peluso por afirmar em uma entrevista que havia “bandidos escondidos atrás da toga” – à época, discutia-se a possibilidade de o STF reduzir o poder do órgão de fiscalizar atos praticados por juízes. Peluso disse que a declaração da então corregedora era “leviana”. Ao deixar a Corregedoria Nacional de Justiça, em setembro de 2012, a ex-ministra avaliou ter sido “duríssima” durante os dois anos em que esteve à frente do órgão.

Fonte: Blog do Magno

 

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