Se o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), conseguir escapar no Conselho de Ética com o voto da deputada Tia Eron (PRB-BA), na sessão marcada para a próxima terça-feira, pode cair por decisão do ministro Teori Zawaski, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, em resposta a pedido de prisão dele feito pela Procuradoria-Geral da República. As afirmações feitas pelos integrantes da força-tarefa da Lava Jato e pelo próprio juiz Sérgio Moro sobre o caso de Cunha e da mulher dele, Cláudia Cruz, não deixam dúvidas sobre o convencimento dos investigadores a respeito do envolvimento de Cunha com casos de corrupção. Se isso não influir no Conselho de Ética, seguramente vai provocar grande estrago para ele numa votação aberta, no Plenário da Câmara.

O temor de que isso ocorra justificou o pedido de advogados de Cunha para que ele tenha direito de defesa das acusações de que teria recebido US$ 5 milhões em propina, antes da decisão do ministro Teori Zawaski sobre o pedido de prisão feito por Rodrigo Janot. Cunha terá cinco dias de prazo para se defender na ação.

Para quem acompanha o modo como o ministro Teori Zawaski toma decisões, está ficando claro que ele espera uma decisão da Câmara sobre o destino de Eduardo Cunha. Se houver mais uma manobra dele por adiamento ou uma ação para escapar de uma punição (está sendo preparado voto em separado para propor punição mais branda: a suspensão por 90 dias em lugar da cassação do mandato), Teori poderá entrar em ação. E responder positivamente ao pedido de Janot sobre a prisão de Cunha.

Fonte: Blog do Magno

 

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