Aliados temem que o juiz Sérgio Moro decrete a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois da decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), de devolver as investigações contra o líder petista para a 13ª Vara Federal de Curitiba. Uma pessoa próxima ao ex-presidente, que tem participado das discussões sobre a sua estratégia de defesa, afirma que o risco de prisão existe por causa da forma de atuação de Moro.
— O Sérgio Moro não tem muito apego a regras e normas processuais. É um sujeito arbitrário. Então não só o presidente Lula, como qualquer outro investigado, está sujeito ao padrão que o Sérgio Moro e a força-tarefa inauguraram com essa operação Lava-Jato. O método dele é prender — afirma um aliado.
ELEIÇÃO DE 2018 – Para alguns petistas, a Lava-Jato tem o objetivo de tirar Lula da disputa eleitoral de 2018 e, por isso, Moro teria a intenção de condená-lo rapidamente.
Já o deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que tem participado de reuniões com os advogados de Lula, não acredita que exista risco de prisão. — Acho muito frágeis as acusações contra o Lula. Não tem nenhum delator que tenha dito até o agora que o Lula pediu dinheiro.
Teixeira avalia que a eventual decretação seria uma medida “abusiva”. — A narrativa sempre foi de que queriam pegar o Lula, mas não vejo motivo. Essa é uma narrativa descabida — afirmou.
Procurado pela reportagem, o advogado de Lula, José Roberto Batochio, afirmou que irá se pronunciar depois de ler toda a decisão do ministro Teori Zavascki.
Poste seu comentário