Em encontro da Fenacria, Márcia cobra políticas públicas voltadas aos jovens.

A  falta de políticas públicas voltadas à Criança e Adolescente foi o ponto principal de discussão na tarde desta sexta-feira (1º), na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. O plenário recebeu o 1º Encontro Nordeste da Frente Nacional de Mobilização Pró-Criança e Adolescente (Fenacria), que tem como representante do Rio Grande do Norte a deputada Márcia Maia (PSDB).

Reunindo instituições ligadas à causa e parlamentares de todo o país, Márcia apontou dados sobre a violência contra os jovens e pediu a implementações de ações voltadas a esse público. Márcia Maia expôs dados de relatório da instituição Save the Children no relatório State of the World’s Mothers, que coloca o Brasil como um dos piores países do mundo para se criar filhos. Nele, o Brasil está em 77º lugar, atrás de países latino-americanos como Argentina (36º), Cuba (40º), Chile (48º), Uruguai (56º), Equador (61º), Venezuela (74º) e Colômbia (75º).

 

Outros números apresentados pela deputada foram relacionados a um estudo da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), divulgado na quinta-feira (30). Segundo os dados, 29 crianças ou adolescentes são assassinados diariamente no Brasil, o que coloca o país em terceiro lugar em homicídios entre os jovens, em uma lista de 85 nações. “Entre 2003 e 2013, o crescimento dos índices de homicídios no Nordeste foi de 135,4%, o maior do país. Aqui no Rio Grande do Norte, obtivemos um crescimento assustador quanto à morte de jovens. Segundo o estudo, o nosso estado ampliou em 509,8% no período pesquisado. Ou seja, somos disparados o Estado com o maior crescimento em número de mortes de crianças e jovens no país. Estamos quase quatro vezes acima da média de crescimento para toda a região Nordeste e, pasmem, quase 26 vezes maior do que a média nacional”, disse a deputada.

Para Márcia, é preciso que os estados adotem medidas imediatas em prol dos interesses dos jovens, incluindo educação, cultura, lazer, trabalho e segurança. De acordo com a deputada, o Rio Grande do Norte tem executado nos últimos três anos um orçamento abaixo do projetado para o setor. Em 2014, último ano da gestão da ex-governadora Rosalba Ciarlini, apenas 66,7% do orçamento previsto para investimentos na política pública para crianças e adolescentes foi executado, segundo Márcia. A deputado, inclusive, Vê uma tendência de redução ainda maior nos investimentos. “A política pública de qualquer governo deve ser a de priorizar a vida. Essa é a proposta deste encontro, através de nossas Casas Legislativas – com leis, debates, atuação política – defender a boa gestão e a prestação de bom serviço à população. Como parlamentares, devemos ser um dos pontos de ressonância para essas ações, como fiscalizadores do executivo e legisladores”, disse a presidente da Frente Parlamentar da Criança e do Adolescente do Rio Grande do Norte.

 

 

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