Via: Jornal da Cidade Online
Presos desde 23 de fevereiro de 2016, o marqueteiro do PT, João Santana e sua esposa Mônica Moura, assinaram documento que dá início ao processo formal de delação premiada. Nesta quinta-feira (21), o casal comparece à presença do juiz Sérgio Moro.
A audiência terá como objetivo a investigação que gira em torno de um possível esquema de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em razão do recebimento de US$ 4,5 milhões (R$ 14,6 milhões) em 2013 e 2014 do representante no Brasil do estaleiro Keppel Fels e fornecedor da Petrobras, o engenheiro Zwi Skornick, como contribuição para ajudar a financiar a campanha pela reeleição da presidente afastada, Dilma Rousseff.
O acordo com o casal é considerado “a delação do fim do mundo”, em razão das fortes ligações de João Santana com os ex-presidente Lula e Dilma Rousseff, cujas campanhas eleitorais comandou. O marqueteiro é fiel depositario de segredos que podem levá-los inclusive à condição de réus em processos penais.
O acordo ainda está em fase de negociação, por isso, eles não prestaram qualquer depoimento. O casal está preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Antes, ele estava no Complexo Médico Penal, também em Curitiba, e ela em um presídio feminino. Por pedido dos advogados, e com anuência do Ministério Público, foram transferidos.
Esse pagamento foi feito numa conta na Suiça, diretamente para o marqueteiro João Santana. Zwi Skornick, em sua delação, confirmou o pagamento e disse ainda que a iniciativa foi a pedido do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.
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