A última etapa do processo de impeachment começará na quinta-feira (25) e não tem prazo para acabar. A presidente afastada irá ao Senado na segunda-feira (29) para se defender das acusações e responder aos questionamentos dos senadores. Dilma já confirmou presença.

O julgamento começará com a oitiva das oito testemunhas – duas indicadas pela acusação e seis pela defesa. Os senadores estimam que cada uma levará cerca de oito horas para concluir o relato, o que indica que a sessão se estenderá pelo final de semana. “Impreterivelmente”, segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, a fase de depoimento das testemunhas tem que estar encerrada a tempo de dar reinício à sessão na segunda (29), às 9h, para ouvir Dilma.

A realização de sessão no final de semana foi a grande polêmica entre os senadores pró e contra impeachment. Os defensores de Dilma pretendiam encerrar os debates todos os dias às 22h, o contrário dos aliados de Temer – dispostos a acelerar o processo e trabalhar durante o final de semana.

A maioria dos parlamentares pró-impeachment devem, inclusive, abrir mão de fazer perguntas às testemunhas para adiantar o processo. O que não é o caso dos aliados da presidente afastada. “Os 22 senadores que compõem a base de apoio de Dilma farão perguntas”, adiantou o líder da Minoria, senador Lindbergh Farias (PT).

Após o depoimento de Dilma, que deve ser o ponto alto do processo antes da votação, os senadores voltam a discutir sobre o impeachment na terça-feira às 9h. Por fim, haverá o encaminhamento de votação e os advogados de acusação e defesa voltam a defender suas teses antes da votação final – etapa em que Dilma precisa de 27 votos para seguir no poder.

Veja o cronograma do julgamento final do impeachment:

25 de agosto (quinta-feira): depoimentos de testemunhas.

26 de agosto (sexta-feira): depoimentos de testemunhas.

29 de agosto (segunda-feira): depoimento da presidente afastada Dilma Rousseff e fala dos advogados de acusação e defesa

30 de agosto (terça-feira): discussão entre senadores, encaminhamento de votação, novas falas da acusação e da defesa e votação final.

Fonte: Congresso em Foco

 

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