Crises epilépticas atingem cerca de 3 milhões de brasileiros. Doença ainda gera muito preconceito entre a população

Mal que atinge até 3% da humanidade, dentre eles, 3 milhões de brasileiros, a epilepsia pode ser prevenida em alguns casos, e se bem administrada com medicamentos e acompanhamento médico, pode não ser incapacitante. No entanto, diante de uma crise, a epilepsia ainda causa muito temor a quem a observa. Nesta sexta-feira, 9 de setembro, é o Dia Nacional e Latino-Americano de Combate a Epilepsia, doença que pode ser provocada devido a um distúrbio genético ou de uma lesão do cérebro adquirida, por exemplo, devido a traumatismo craniano ou derrame. Para diagnosticar a epilepsia, é necessário ter tido ao menos duas crises, já que de acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia, cerca de 5% da população mundial apresentou em algum momento da vida uma crise epilética. Ainda assim, são realizados exames laboratoriais, como ressonância magnética, eletroencefalograma e em alguns casos vídeo eletroencefalograma para diagnosticar por completo a doença.

Contrações musculares rítmicas ou espamos musculares, desmaio e amnésia para o evento são alguns dos sintomas de quem apresenta crises convulsivas, a forma mais conhecida e identificada como ‘ataque epilético’. O neurologista Dr. Alex Soares, explica que mesmo sendo difícil, é possível prevenir a epilepsia. “Não usar medicamentos sem orientação médica, evitar utilizar drogas e álcool, além de se proteger de pancadas na cabeça são algumas das dicas. Outro método de prevenção é a vacinação contra doenças infecciosas”, esclareceu. O tratamento para epilepsia é feito com o uso de medicamentos que tentam bloquear as descargas elétricas cerebrais anormais, que produzem as crises epilépticas. “É necessário consultar um especialista antes de fazer uso da medicação. O paciente deve ter alguns cuidados, como tomar a medicação na hora correta, evitar o uso de bebidas alcóolicas, além de dormir e se alimentar bem”, ressaltou o neurologista.

Outro tipo de crise epilética é a de ausência, onde o paciente se ‘desliga’ do mundo por alguns instantes e fica imóvel com o olhar fixo. “A crise de ausência é mais curta e pode ocorrer várias vezes ao dia. Sendo assim, a doença é diagnosticada de acordo com a história clínica que o paciente nos conta”, disse Alex.

Fonte: Assessoria

 

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