O medo no Congresso com a delação premiada da Odebrecht é tamanho que, ao conversar recentemente sobre doações da empreiteira via caixa dois, um deputado ergueu as mãos ao céu e suspirou: “Graças a Deus a minha foi por dentro. Paguei até o TED no banco”.

Enquanto isso, temendo nova avalanche de candidatos do grupo à sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na Câmara, parte do centrão defende adotar prévias para escolher o nome do bloco na disputa. A ideia de quem defende o procedimento é que, como ele é mais formal, pode constranger candidaturas avulsas e evitar um repeteco da eleição de julho, quando PP, PR, PTB, PSD e SD competiram entre si. Parte do bloco, no entanto, acha que o instrumento pode ampliar os desgastes internos.

“Entrar com dois ou três candidatos é entrar só para cumprir tabela e entregar a presidência de novo na mão do Rodrigo”, diz um dos caciques do grupo.

A despeito da indecisão, Rogério Rosso (PSD-DF) — que já mandou carta e fez até enquete sobre horário para encerrar o expediente em plenário — agora dispara vídeo quase pedindo votos, com o bordão “Câmara forte, unida e respeitada”.(Painel – Folha de S.Paulo – Natuza Nery)

 

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