Técnicos de órgãos que tratam dos recursos hídricos da Paraíba e Rio Grande do Norte definiram, nesta terça-feira (06), medidas que visam prolongar ao máximo possível a disponibilidade de água para o abastecimento nas 30 cidades que são atendidas pelo manancial dos rios Piancó-Piranhas-Açu, a partir dos açudes Curema e Mãe D’Água, na Paraíba. Dessas cidades, quatro estão na região Seridó do Rio Grande do Norte: Caicó, Jardim de Piranhas, Timbaúba dos Batistas e São Fernando.

A primeira das medidas é reduzir a vazão do Açude Mãe D’Água. Atualmente, ela é de 2,8 m³/s. Deve passar imediatamente para 2,5 m³/s. A redução será gradativa até o menor valor possível que garanta atendimento a todas as cidades com intensificação do monitoramento e fiscalização, prolongando assim a reserva de água do Mãe D’água. Outra medida é fazer o escalonamento no atendimento para as 30 cidades (26 na Paraíba e 4 no Rio Grande do Norte) que fazem a captação direto no leito do rio. Outra ação prevista é promover o rodízio no abastecimento de água para a população nessas cidades. Por fim, será feita a limpeza e manutenção do rio para que a água escoe por apenas um canal.

A crise hídrica e a busca por alternativas para operação dos açudes foram os assuntos de reunião do grupo técnico operacional, que é composto por representantes da Agência Nacional de Águas (ANA), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), secretarias de Recursos Hídricos dos dois Estados, agências de gestão da água e as companhias de saneamento, Caern e Cagepa. A reunião foi realizada na Administração Central da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte. A diretora de Empreendimentos da Caern, Geny Formiga, participou da reunião, assim como a gerente da Regional Seridó, Rosy Gurgel, gestores e técnicos da companhia.

Outros participantes do encontro foram o vice-presidente da ANA, Paulo Varela, o presidente do Comitê Hidrográfico da Bacia Piancó-Piranhas-Açu, José Procópio de Lucena, o presidente do Instituto de Gestão de Águas do RN, Josivan Cardoso, além de representantes de entidades ligadas aos recursos hídricos no Rio Grande do Norte e na Paraíba.

Segundo a diretora de Empreendimentos da Caern, Geny Formiga, a redução na vazão do Açude Mãe D’Água vai se prolongar. A ideia é que seja feito o acompanhamento da situação a partir da primeira redução, estabelecendo se será conveniente reduzir mais. “Vamos analisando para reduzir de forma a prolongar mais ainda a capacidade de abastecimento”, explicou.

Fonte: Assessoria

 

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