Não fosse o terrível e deprimente cenário de instabilidade política que o País vive, o presidente Michel Temer (PMDB) estaria, hoje, em céu de brigadeiro. Hábil articulador político, paciente até na politica miudeza, com fenomenal estômago de triturar sapos, Temer, diferente da sua antecessora Dilma Rousseff (PT), não sofreu uma só derrota até o momento no Congresso.

Aprova tudo, como a PEC do teto dos gastos, que passou com folga em segundo turno no Senado na sessão da última terça-feira. Trata-se do projeto mais importante do ajuste fiscal, inerente para levar o País a controlar suas despesas e pavimentar o reencontro com o desenvolvimento, abrindo um cenário capaz de estancar o desemprego, gerar renda e movimentar a economia.

Temer é um nome talhado para fazer, portanto, a travessia para 2018, quando o eleitor brasileiro fará o reencontro com as urnas para eleger o presidente que julgar mais preparado, competente e hábil para, enfim, acabar com o discurso da oposição e do PT de que falta ao atual presidente a legitimidade do voto. Temer tem bons propósitos, mas falta a ele a compreensão de alguns segmentos da sociedade.

Do Congresso, que representa o povo e os Estados, não lhe faltou o aval em nenhum momento para operar as mudanças, mesmo ao longo desta semana, quando existe um clima de desconfiança em Temer e nos seus ministros pelo que vem sendo tornado público nas delações do fim do mundo, como a mídia apelidou o conjunto dos depoimentos de executivos da Odebrecht.

Se Temer escapar do olho do furacão, certamente construirá as condições favoráveis para sedimentar o Governo de transição numa cenário mais estável e de paz. As acusações que pesam contra ele necessitam de provas. A oposição – leia-se aí especialmente o PT – torce e trabalha para o quanto pior, melhor, o que é lamentável, porque o que deve ser levado em conta é o País e não os interesses partidários.

Fonte: Blog do Magno

 

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