Caiu pela primeira vez no Brasil o número de domicílios que utilizam microcomputador para acesso à internet. A queda foi de 2,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado é de 2015 e faz parte do suplemento de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgado nesta quinta-feira (22).

Segundo a pesquisa, caiu de 28,2 milhões para 27,5 milhões o número de domicílios com acesso à internet por meio de PC. Em termos percentuais, o acesso domiciliar à internet por meio de microcomputador caiu de 76,6% em 2014 para 70,1% em 2015. Segundo o IBGE, em 2014 já havia ocorrido a redução da proporção de domicílios com acesso à internet por meio de microcomputador. Porém, o número absoluto de domicílios que tinham acesso à internet por meio deste tipo de equipamento ainda havia aumentado.

Ao mesmo tempo em que caiu o acesso à internet por meio de microcomputador, o acesso por meio de outros equipamentos cresceu 36,8% entre 2014 e 2015, passando de 8,6 milhões para 11,8 milhões. Este aumento, porém, foi mais modesto que o observado entre 2013 e 2014, quando foi de 137,7%.

“Quando a gente abre estes dados pelas grandes regiões, até 2014 nas regiões Sul e Sudeste ainda era superior o acesso por microcomputador. Em 2015 isso se reverte e a proporção passa a ser maior com o acesso por meio de outros aparelhos. As demais regiões já tinham feito essa reversão em 2014”, destacou a analista do IBGE Helena Oliveira.

Na divulgação dos dados gerais da Pnad de 2015, ocorrida em novembro passado, o IBGE já havia apontado que o número de casas com computador havia caído pela primeira vez no Brasil, passando de 32,5 milhões para 31,4 milhões entre 2014 e 2015 (-3,4%).Esta queda, segundo o IBGE, se deve justamente ao aumento no número de outros equipamentos com acesso à internet, como celulares e tablets.

O celular respondeu, em 2015, por 92,1% do acesso domiciliar à internet – um aumento de 11,7 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Já o acesso por meio de tablete registrou queda de 0,8 p.p., correspondendo a 21,1% do acesso domiciliar. O acesso por meio da televisão correspondeu a 7,5% do total de acessos (aumento de 2,6 p.p.).

Posse de tablet se mantém estável

O IBGE destacou que a posse de tablete ficou estável em 2015, ao contrário do ano anterior, quando tinha apresentado forte expansão. De 2013 para 2014, o percentual de domicílios com tablet aumentou em 5,7 pontos percentuais.

Já no ano passado, tanto em números absolutos quanto em termos proporcionais os valores se mantiveram os mesmos – 11,1 milhões e 16,3%, respectivamente.“Esse movimento começa a apontar que este tipo de equipamento está deixando de ser utilizado nos domicílios. Possivelmente, por causa das funcionalidades do smartphone, que são equivalentes ou até mesmo as mesmas”, avaliou a analista do IBGE Helena Oliveira. (G1)

 

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