O governo Michel Temer (PMDB) teve a primeira proposta aprovada pelo Congresso, na última quarta-feira (8): a reforma do ensino médio. Os senadores concordaram com o texto original do projeto, que segue agora para a sanção do presidente. Inicialmente a proposta havia sido colocada em vigor como Medida Provisória (MP). O projeto prevê a flexibilização da carga horária nas escolas e permite a escolha de parte das matérias pelos próprios estudantes.
O ministro da Educação, Mendonça Filho, informou que o governo pretende aprovar primeiro a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e só depois começar a implementar a reforma de modo gradual, a partir de 2018. Para o ministro, a reforma deve ajudar a conter a evasão estudantil. “Se falando de educação básica, certamente é a mudança estrutural mais relevante das últimas décadas. A reforma cria ainda um estímulo e apoio ao programa de ampliação do modelo de escola em tempo integral”, afirmou.
Já a oposição, segue contra a proposta. A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou que a medida “significa golpe”. “Golpe contra os destinos de milhões de jovens da educação deste País, porque ela não só não vem na direção de melhorar o ensino médio, de enfrentar os problemas de caráter estruturante que o ensino médio apresenta, mas vai contribuir para reforçar ainda mais as desigualdades regionais e sociais, já tão gritantes em nosso país”, disse. (Metro 1)
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