Político alega problemas de saúde e entrega carta pessoalmente a Temer.

O ministro José Serra pediu exoneração do Ministério das Relações Exteriores na noite desta quarta-feira. Em uma conversa pessoal com o presidente Michel Temer, no Palácio do Planalto, o tucano entregou uma carta pedindo a exoneração do posto.

Ele afirmou ao presidente que precisará passar por um tratamento de saúde de pelo menos quatro meses, período no qual não poderia fazer viagens internacionais, que fazem parte do dia-a-dia do posto de chanceler. Com a saída, o tucano voltará a exercer o mandato de senador.

Segundo auxiliares do presidente, Temer insistiu para que ele permanecesse no posto, mas Serra disse que não seria possível atender ao pedido. Em dezembro, Serra foi submetido a uma cirurgia na coluna vertebral, no Hospital Sírio-Libanês. Na reunião com o presidente, Serra levou exames para deixar clara a necessidade de deixar o posto. Na carta, Serra agradeceu a Temer e pelo apoio e prometeu ajudá-lo no Congresso. As informações do jornal O Globo.

Substituto

Com a saída de José Serra do Ministério das Relações Exteriores, o presidente Michel Temer começou nesta quarta-feira (22) a avaliar nomes para o comando da pasta. O peemedebista ainda não tem um substituto definido para o tucano, mas, segundo assessores e auxiliares presidenciais, deve manter a pasta sob o controle do PSDB, já que a sigla não deve continuar à frente do Ministério da Justiça. Os principais cotados até o momento são o líder do governo no Senado Federal, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e o também tucano José Aníbal, que é suplente de Serra e agora deixa o Senado. Em conversa com a Folha, Aloysio Nunes Ferreira, no entanto, negou planos de assumir a pasta. “Estou bem onde estou”, disse. No Planalto, no entanto, o líder já é citado como um “nome natural para o cargo”. Suplente de Serra, José Aníbal é um dos tucanos mais próximos de Temer, que já defendeu que ele assuma um cargo na Esplanada dos Ministérios. Serra entregou carta de demissão na noite desta quarta-feira (22) ao presidente Michel Temer, que aceitou o pedido.

 

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