Vinte e cinco anos depois da união para sustentar o mandato do ex-presidente Itamar Franco, PSDB e PMDB reeditam, agora, uma disputa por espaço de olho em um projeto próprio para chegar ao Planalto, desta vez em 2018. No sucessão de Itamar, o então comandante do PMDB, Orestes Quércia, se candidatou a presidente, mas quem levou o Planalto foi o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, embalado pela estabilização monetária decorrente do sucesso do Plano Real.
Pelo menos por enquanto, caciques tucanos e do PMDB usam a mesma receita para buscar uma candidatura viável em 2018. Apesar da queda de braço permanente por espaço no governo, avaliam que têm que atuar como irmãos no apoio a Temer, enfrentar desgastes com as medidas amargas para reequilibrar as contas públicas e fazer Temer chegar ao próximo ano com algum sucesso na recuperação econômica e geração de empregos.
— Essa relação significa muito mais do que parcerias pontuais. Pode nos levar à continuidade de um projeto de recuperação do país em 2018. Estamos construindo uma aliança sólida que leve o Brasil a reencontrar o seu caminho. O presidente Temer terá alguns êxitos, mas que não trarão retorno eleitoral para ele. Podem dar retorno a essa parceria — avalia o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).
— O PMDB tem o presidente da República, faz parte da equipe econômica e é o maior partido do Brasil. PMDB e PSDB são parte fundamental da mudança, mas os outros partidos são importantes. As mudanças serão feitas por um bloco grande que precisa ser monolítico — diz o presidente do PMDB e líder do governo, senador Romero Jucá (RR).
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