Existe certamente uma diferença entre a teimosia e a persistência. Aquele que persiste tem um objetivo do qual não larga, não abandona facilmente até que o último suspiro seja dado, ou a vida decida de outra maneira. O persistente é forte nos seus objetivos.
O teimoso, por outro lado, é um persistente exagerado, que vai em frente sem querer saber o que encontra no caminho, cego a quaisquer outras idéias que a sua. O persistente, com o tempo alcança alguma coisa. O teimoso caminha, caminha e acaba se esbarrando em dificuldades que com o tempo o farão desistir.
Muitos e muitos dos projetos que fazemos vão por água abaixo. Outros, iremos até a linha de chegada e carregaremos no rosto o sorriso de satisfação. E entre as coisas que conseguimos e as que perdemos, ganharíamos um tempo enorme se pudéssemos ter a honestidade de identificar os sinais e seguir por eles.
As coisas que não dão certo não chegam a esse fim de um dia para o outro. Os sinais aparecem, mas preferimos ignorá-los, achamos desculpas pra eles e até (que ironia!!!) dizemos que estão lá apenas para nos testar. É quando insistimos nesses caminhos que sabemos que não levam a lugar nenhum que choramos nossas mais grossas lágrimas.
O coração não engana ninguém. Ele dá os sinais e fica de lado para deixar a cada pessoa seu livre arbítrio, direito de cada um de errar e de acertar. E nós vamos plantando e colhendo os frutos das nossas decisões. Todos os nossos projetos chegam ao trono de Deus. E Ele, carinhosamente e até com jeito, inúmeras vezes nos diz que eles não são bons, porque nos ama e quer evitar nossas lágrimas e decepções.
E, como os que pensam que tudo sabem, apresentamos nossos projetos mas ficamos surdos à resposta Divina, aos apelos do coração que se enganam com menos freqüência do que pensamos.
É isso que nos dá o nó no estômago e a consciência que nos diz “eu sabia”, mas que chega, infelizmente, sempre tarde demais. Portanto, é assim que vamos aprendendo a vida e que nosso coração adquire a certeza que o Senhor responde a todas as nossas perguntas, mesmo se às vezes são coisas que não queremos ouvir.
E aprendemos também que confiar no Senhor é dar um passo à frente, é evitar certas estradas, os tropeços, os choros e abrir os olhos aos horizontes serenos aos quais Deus nos destina.
Formado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), professor da rede publica.
Tenho experiência também em colégios particulares e sou especialista em Assessoria de Comunicação pela UNP.
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