FRASES BEM-HUMORADAS DE MILLÔR FERNANDES
“Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado.”
“Há duas coisas que ninguém perdoa: nossas vitórias e nossos fracassos.”
“Pode ser que haja vida inteligente em qualquer outro planeta. Neste, positivamente, só há a mais profunda estupidez.”
“Você pode desconfiar de uma admiração, mas não de um ódio. O ódio é sempre sincero.”
“Achamos que os padres também devem casar. Não há nenhum motivo para que conservem o privilégio do celibato.”
“A única diferença entre a loucura e a saúde mental é que a primeira é muito mais comum.”
“Está bem. Deus é brasileiro. Mas pra defender o Brasil de tanta corrupção só colocando Deus no gol.”
“Se durar muito tempo, a popularidade acaba tornando a pessoa impopular.”
“Não é que com a idade você aprenda muitas coisas; mas você aprende a ocultar melhor o que ignora.”
“Em geral as pessoas que se perdem em pensamentos é porque não conhecem muito bem esse território.”
“Se todos os homens recebessem exatamente o que merecem, ia sobrar muito dinheiro no mundo.”
“O Brasil já está à beira do abismo. Mas ainda vai ser preciso um grande esforço de todo o mundo pra colocarmos ele novamente lá em cima.”
“Depois de bem ajustado o preço, a gente sempre deve trabalhar por amor à arte.”
“As pessoas que falam muito, mentem sempre, porque acabam esgotando seu estoque de verdades.”
“É muito fácil viver com pouco desde que a pessoa não gaste muito para ocultar que tem pouco.”
“Quando, afinal, nos acostumamos com uma moda é porque ela já está completamente em decadência.”
“Um homem começa a ficar velho quando prefere andar só do que mal acompanhado.”
“Se você acha que está maluco é porque não está. Mas, se você acha que todo o mundo está maluco, então está .”
“Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a internet, foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de perto.”
“O último refúgio do oprimido é a ironia, e nenhum tirano, por mais violento que seja, escapa a ela. O tirano pode evitar uma fotografia, não pode impedir uma caricatura. A mordaça aumenta a mordacidade.”
Milton Viola Fernandes (1923 – 2012). Autor e tradutor. Descobriu na adolescência que havia sido registrado erroneamente, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr. De humor singular, humanista e moderno, com visão cética do mundo, Millôr Fernandes foi considerado uma figura de proa do panorama cultural brasileiro: jornalista, escritor, artista plástico, humorista, pensador. Destacou-se em todas essas atividades.
No teatro, empreendeu uma transformação no campo da tradução, tal a quantidade e diversidade de peças que traduziu. Escreveu, com Flávio Rangel – Liberdade, Liberdade – uma das peças pioneiras do teatro da resistência à ditadura militar, encenada em 1965. Em seus trabalhos costumava-se valer de expedientes como a ironia e a sátira para criticar o poder e as forças dominantes, sendo em consequência confrontado constantemente pela censura.
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