Via  Agência Estado

O sistema eleitoral brasileiro tem uma grande novidade, em 2018, o voto será impresso. A nova medida foi aprovada em minirreforma no ano passado e a intenção é de que as urnas eletrônicas tenham impressoras acopladas a fim de registrar o voto em papel. Sendo assim, o uso de modelos de impressora de qualidade será um ponto primordial. A forma de votar será da seguinte maneira: o eleitor vai até a sua respectiva seção eleitoral e digita na urna eletrônica os números do candidato de sua escolha. Até aqui tudo bem, nenhuma novidade. O voto então é materializado em papel por meio de uma impressora, o eleitor deve mais uma vez conferir no visor se o voto está correto, se tiver, o papel já cai direto dentro de uma urna inviolável. Assim, o eleitor não tem contato com o papel e tampouco pode levar uma cópia para casa, essa medida aumenta o sigilo e diminui os riscos de fraude.

Ainda em 2002, o governo federal realizou testes do voto impresso em diversas cidades espalhadas pelo país. As provas não foram satisfatórias, pois houve muitos problemas técnicos no sistema das urnas e das máquinas de impressora. Os eleitores tiveram que enfrentar filas muito maiores do que as que já existem atualmente e a demora do tempo de votação dobrou.

A novidade já foi e ainda tem sido bastante criticada por algumas autoridades brasileiras. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, declarou que a volta do voto impresso não é a melhor alternativa para melhorar o sistema eleitoral. Além disso, ele completou explicando que a impressão é um mecanismo bastante difícil que custa caro e ainda aumenta as possibilidades de fraude, uma vez que precisa de intervenção humana. Já para especialistas, como o professor de Ciência da Computação da Universidade de Brasília (UnB), Pedro Rezende, o voto impresso pode garantir mais transparência, porque assim é possível checar a funcionalidade de uma urna eletrônica. A mudança afetará mais de 500 mil urnas que precisarão de uma impressora acoplada em cada urna. O custo pode chegar a 1,8 bilhão, segundo estimativa do TSE

 

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