Por Carlos Chagas

Fosse realizada ampla pesquisa nacional para saber quem decepcionou mais o cidadão comum, em meio às delações reveladas na semana que passou, qual seria o vencedor? Existem os tradicionais, tipo Eduardo Cunha, Sérgio Cabral, e José Dirceu, condenados cumprindo pena de cadeia, mas o que dizer das vestais até pouco tidas como acima de qualquer suspeita, como Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra, Fernando Henrique e outros? Sem esquecer o Lula.

A coincidência é de que nas preliminares dessa consulta, a maior parte é integrada por ex-futuros candidatos presidenciais. Gente que vinha mantendo acesa a chama da esperança e agora, da noite para o dia, sumiram. Deixaram de ser hipóteses futuras. Dificilmente se recomporão.

A dúvida, agora, parece ser a busca de novos pretendentes ao palácio do Planalto. Alguns açodados supõem espaço para João Dória Júnior. Outros imaginam a presidente do Supremo Tribunal Federal, Carmem Lúcia. Por que não o juiz Sérgio Moro?  E o ex-ministro Joaquim Barbosa.

O primeiro requisito para integrar essa nova bateria é não fazer parte da lista da Odebrecht ou de outras empreiteiras. De preferência, também, não pertencer a nenhum dos chamados grandes partidos. Experiência administrativa, talvez. Reputação ilibada, certamente. O problema é o vazio. E o risco de algum aventureiro surpreender. De qualquer forma, não adianta procurar no ministério.

 

Seja o primeiro a comentar


Poste seu comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos obrigatórios estão marcados com *