Via Folha de S.Paulo – Flávio Ferreira

Dois dias depois de protestos realizados em 130 cidades do país, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), disse que a reforma trabalhista defendida pelo seu governo sofre “incompreensões, objeções e contestações”, mas esse fato é típico da democracia no Brasil. “O brasileiro é naturalmente um povo otimista. Aconteça o que acontecer, haja protestos, não haja protestos, o Brasil continua e continuará a trabalhar”, afirmou Temer em discurso na cerimônia de inauguração da Japan House, espaço para promoção da cultura e dos negócios do Japão, em São Paulo, na manhã deste domingo (30).

O tema da reforma trabalhista foi trazido ao evento em primeiro lugar pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), no início de seu discurso. “Saímos de um modelo estatutário de cima para baixo para um novo modelo de relações contratuais muito melhores neste momento do mundo e das relações e das questões do novo emprego”, disse o governador.

Em seguida, durante sua fala, Temer agradeceu a Alckmin pelo elogio quanto ao tema e disse que a reforma trabalhista “gera, em um primeiro momento, naturalmente, incompreensões, objeções, contestações, mas que são típicas da democracia plena que nós vivemos no nosso país”. Movimentos sociais e sindicais promoveram uma greve geral nesta sexta-feira (28) contra as reformas trabalhista e da Previdência, as quais o governo Temer batalha para aprovar no Congresso.

 

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