Michel Temer, ministros e parlamentares fazem balanço de um ano de governo.

Após participar da inauguração de uma agência da Caixa, no início da manhã desta sexta-feira (12/5), com o objetivo de destacar a liberação dos recursos disponíveis em contas inativas do FGTS, o presidente Michel Temer continuou a comemoração do aniversário de um ano de seu governo com uma solenidade no Palácio do Planalto.

“Estou com muita disposição para liderar essa travessia e com a certeza de que daqui a um ano estaremos entregando um pais muito melhor do que hoje”, disse. O presidente destacou ainda a importância das reformas da Previdência e da trabalhista para a vida dos brasileiros: “Precisamos de uma reforma para garantir a aposentadoria, especialmente para os mais pobres”.

O evento conta com a presença de ministros, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; e do presidente interino do Senado, Cássio Cunha Lima; além de presidentes de estatais e líderes do governo no Congresso. Temer pediu para que cada ministro também fizesse outras reuniões ao longo do dia nas suas respectivas pastas. “As avaliações desses encontros formarão um documento que deve ser encaminhado a Presidência da República”, pediu o presidente.

Ele também definiu que, antes do seu pronunciamento final, usarão a palavra para representar os ministros e os parlamentares presentes, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha; o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles; e o do Trabalho, Ronaldo Nogueira, escalados por conta da tramitação da reforma trabalhista e da Previdência no Congresso. Maia e Lima também falarão. “Penso que passar a palavra para todos os ministros seria pouco produtivo”, ponderou Temer.

 

“Direção correta”

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que, após um ano da chegada do governo de Michel Temer ao poder, o país já superou a recessão econômica que vivia no passado. “Essa mudança é fruto de trabalho, direção correta, reformas estruturantes e responsabilidade fiscal, o que não acontecia há décadas”. Segundo ele, o país havia recebido da gestão anterior um deficit econômico, queda do Produto Interno Bruto (PIB) e desemprego elevado, mas que já é possível falar todos esses problemas conjugando verbo no passado. “O indicativo que mais deve demorar a se recuperar é o do emprego, mas acreditamos que a taxa de desemprego começará a cair já no segundo semestre”, declarou Meirelles.

O ministro destacou como ponto de partida fundamental a aprovação pelo Congresso da PEC do teto de gastos que “permitiu uma previsibilidade da economia para os próximos anos”. Ele apontou ainda outras notícias que considera positivas como a queda do risco Brasil, a redução na inflação de 9,28%, em maio do ano passado, para 4,08%, em maio desse ano, e a disposição das agências de risco de revisar a nota brasileira, depois de o pais perder ao longo do governo Dilma Rousseff o grau de investimento.

“Já tivemos também uma retomada do PIB nesse primeiro trimestre representado, por exemplo, pelo aumento de 20% no consumo de energia, 20% na produção de aço e 24% no licenciamento de novos veículos. Isso tudo é fruto do trabalho do seu governo, presidente.”

 Populista, diz presidente interino do Senado

O presidente interino do Senado, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) declarou que, depois de muito tempo, o pais tem “um governo que governa”. Segundo Cássio, a gestão Temer pode ser analisada com vários adjetivos, menos o do populismo. “Esse não é um governo populista, mas sim um governo ousado, com coragem e responsabilidade e compromisso para levar o Brasil para a direção que precisa”.

O tucano destacou algumas ações do atual governo como a busca pela responsabilidade fiscal. “O ajuste fiscal não pode ser um fim em si mesmo, mas um caminho para que o governo possa ter rcursos para investir em outras áreas, como a social , por exemplo”

O senador paraibano lembrou que, no ano passado, o governo federal pagou R$ 500 bilhões de reais em juros da dívida e, no mesmo período, os investimentos em educação e saúde somavam R$ 230 bilhões. Ele destacou ainda a conclusão de uma parte das obras da transposição do Rio São Francisco e as melhorias no programa Minha Casa, Minha Vida.

 

Volta do Conselhão é comemorada por Padilha

A retomada do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “Conselhão”, foi amplamente comemorada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Em discurso de celebração de um ano do atual governo, ele ressaltou que a união do governo federal em conjunto com empresários fortalece a democracia e ajuda no desenvolvimento econômico.

“Detectamos prioridades em quatro grandes eixos e levamos ao seu conhecimento”, disse Padilha, em referência ao presidente da República, Michel Temer. Com a união de representantes do setor produtivo em conjunto com o governo, Padilha avalia que essa é uma das melhores posições adotadas pelo governo para estimular a economia e recolocar o país de volta aos trilhos.

Padilha destacou, ainda, que todo o trabalho feito na Casa Civil durante a atual gestão tem muito da “singular competência” de Temer. “Quero dizer que estamos cuidando, presente, seguindo orientação da concepção de suas políticas. De remoção de entraves e toda a coordenação governamental”, enfatizou.

Reforma trabalhista garantirá direitos, diz ministro

O primeiro ano de gestão do atual governo foi marcada, sobretudo, pela quebra de paradigmas. É o que avalia o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto. A reforma trabalhista é vista pelo ministro como uma modernização das legislações do trabalho que irá assegurar e consolidar direitos.

A espinha dorsal da reforma trabalhista, a previsão do negociado sobre o legislado, já está especificado na Constituição e ajudará a dar mais segurança jurídica, avalia Nogueira. “Agora estaremos organizando através dessa legislação os itens que os acordos coletivos terão força de lei”, destacou.

Nogueira frisou que uma nação se estabelece sobre os pilares de segurança nacional, monetária e jurídica. “Precisamos oferecer para os cidadãos uma segurança jurídica nas relações de trabalho. Não é possível continuarmos convivendo com sistemas que possibilitem 13 milhões de ações trabalhistas por ano. Isso traz insegurança jurídica e gera medo do empregador de não contratar mais”, disse.

 

Política fiscal austera e redução do populismo é importante para os pobres, diz Maia

A redução de medidas populistas com uma política fiscal austera são ferramentas para atender a classe mais pobre em todo o país. Esse é o argumento do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Nesta sexta-feira (12), ele garantiu que estará pronto para intermediar e negociar entre a Câmara o Executivo todas as propostas fundamentais para o país voltar a crescer e gerar renda.

Para Maia, a política econômica apresentada pelo governo de Michel Temer está no caminho certo. “Vamos falar a verdade para os brasileiros. Lembro que, em 2001, votamos uma reforma trabalhista e quase todos os deputados perderam seus mandatos. Hoje, a sociedade aplaude e vai com certeza aplaudir a reforma da Previdência”, disse, reafirmando o compromisso com a agenda do governo federal, que, segundo ele, não é uma agenda do governo, mas, sim, do Brasil.

A aprovação da PEC do teto dos gastos, por exemplo, foi elogiada por Maia. “Pela primeira vez saímos da fácil política econômica de fechar o caixa do governo com aumento de impostos que tanto prejudica a sociedade”, disse. A Câmara e o Planalto, disse Maia, promoveu reformas importantes e “outras estão sendo encaminhadas”.

O presidente da Câmara ressaltou que, diferentemente de um aumento de impostos para equilibrar as contas da Previdência, o governo e o Congresso tomaram frente da agenda econômica de enfrentar o “desafio”. “Estamos quase no início de votação da reforma da Previdência”, disse. A reforma política, segundo Maia, será feita sem atender aos interesses dos grandes partidos, mas, sim, da sociedade. “É fundamental para que, em 2018, possamos recuperar a confiança e atrair novamente parte importante para a política brasileira.”

Fonte: Correio Braziliense

 

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