A equipe de futebol da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) representará o Brasil no campeonato Sul-americano em 2018. A participação é fruto de uma conquista inédita: em maio, a UFRN fez história ao se tornar a primeira universidade pública a conquistar a Liga de Desporto Universitário, tradicional evento da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). De quebra, o time da UFRN conta com três atletas potiguares pré-selecionados para integrar a equipe brasileira na Universíade os jogos olímpicos universitários, que acontecerá em Taiwan.

O título é o ponto alto de um quadriênio com expressivos resultados: em 2014 e 2015, a equipe foi vice-campeã do torneio; em 2016, quarto lugar. Em 2017, uma conquista invicta, com cinco vitórias, 14 gols assinalados e apenas três sofridos. Presente em todas as campanhas, o técnico Ijailson Gomes da Silva, bacharel em Educação Física pela UFRN, destaca que os resultados têm íntima relação com a dedicação dos alunos e da comissão, bem como da estrutura física que auxilia no trabalho. Ao fazer uma retrospectiva, o técnico afirma que a própria postura dos adversários mudou.

“Depois da conquista do segundo lugar em 2014, teve gente que achou que foi sorte. Antes chegávamos nas LDUs e quando viam que a UFRN estava no grupo, já contavam como certos os três pontos na classificação, mas agora é diferente. Não raro escutamos de colegas de profissão de outras instituições, principalmente das públicas, que somos um espelho para o trabalho deles e que um dia querem chegar ao patamar que alcançamos”, destacou. Antes de ser treinador a partir de março de 2016, Ijailson Gomes foi preparador físico e fisiologista da equipe. As palavras do técnico encontram ressonância e maior abrangência na afirmação do capitão do time, Yuri Sousa. Para ele, “a vitória representa a consagração de um trabalho sério e consistente, que se iniciou em 2011 e que vem evoluindo a cada ano”.

A reitora da UFRN, Angela Maria Paiva Cruz, recebeu parte da delegação vitoriosa na manhã da última terça-feira, 17, na sala de reuniões da Reitoria. Ela sublinhou que, “quando pensamos em batalhar pelo Centro de Treinamento Esportivo, na época da Copa do Mundo, estávamos pensando no futuro. Contudo, não imaginava que esse rendimento tão elevado fosse conseguido em tão pouco tempo, por isso merece ser celebrado”.

A afirmação coincidiu com o entendimento da professora Suzet de Araujo Tinoco Cabral, para quem o resultado é fruto de um trabalho não pontual, no qual a participação de uma equipe multiprofissional foi um fator diferenciado. Rodrigo Melo Bezerra, atacante de 22 anos e estudante de Farmácia, concorda. “O determinante e diferencial, fora a qualidade técnica dos jogadores que foram aparecendo e formando um grupo bem competitivo, foi o trabalho da comissão. Desde quando eu cheguei, em 2014, o compromisso dos graduandos e alguns formados, mesmo sem ter uma motivação financeira, nunca deixaram de estar presentes, fazendo o trabalho deles, e de uma forma geral um trabalho bem feito, que foi determinante para colocar nesses últimos anos o nosso futebol universitário nesse patamar”.

Fonte: Assessoria

 

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