O Senado estuda passar por cima do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão do mandato do senador mineiro Aécio Neves (PSDB). A informação foi divulgada neste sábado (20) pela colunista Mônica Bergamo, do jornal “Folha de S.Paulo”.

A ideia de alguns senadores é que a defesa de Aécio recorra à Mesa Diretora do Senado, questionando se a determinação do Supremo tem mesmo validade. A Mesa, por sua vez, responderia que a suspensão do mandato do tucano não tem previsão constitucional, segundo a Agência Estado.

A possibilidade da manutenção do mandato de Aécio já está sendo discutida por senadores nos bastidores do Senado. O mineiro foi afastado do cargo pelo Supremo após aparecer em gravação feita na Operação Lava Jato pedindo R$ 2 milhões a donos da holding J&F, que controla a JBS.

Em dezembro do ano passado, a Casa adotou uma medida semelhante a essa que está sendo discutida agora. Na época, liminar do ministro Marco Aurélio Mello determinou o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A Casa, então, encaminhou ao STF uma decisão da Mesa Diretora em que informava que aguardaria o posicionamento do plenário para, só depois, aceitar ou não o pedido de afastamento de Renan.

 

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