Enquanto o presidente Michel Temer faz as vezes de equilibrista, caminhando de uma ponta a outra da linha tênue que o separa do abismo, os partidos da base aproveitam para exercitar o que sabem fazer de melhor: pressão por mais e mais poder. A indefinição do PSDB sobre permanecer ou não no governo fez abrir o apetite de outras legendas aliadas ao PMDB, que pressionam o Palácio do Planalto para realizar uma nova reforma ministerial, redistribuindo os nacos de poder que hoje alimentam os tucanos.
A pasta mais cobiçada entre partidos como PSD, PP, PR, PTB, e o próprio PMDB, é a das Cidades, ocupado hoje por Bruno Araújo, um político com tendências, por assim dizer, separatistas. Em maio deste ano, quando vieram à tona as denúncias do empresário Joesley Batista, da J&F, contra o presidente, o ministro chegou a colocar o cargo à disposição, mas foi demovido da decisão por seus correligionários, que queriam manter a sigla trabalhando no Executivo.
O PSD, que conta hoje com uma bancada de 37 deputados na Câmara, sonha em ver o presidente do partido, Gilberto Kassab, de volta à cadeira de ministro das Cidades, administrando um orçamento de R$ 20 bilhões só neste ano. Embora ele jure estar muito feliz onde se encontra, ou seja, pilotando o Ministério da Ciência e Tecnologia, a capilaridade e o poder de realização da pasta atiçam a sede de qualquer político.
As informações são da revista IstoÉ.
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