A tentativa de fugir de sanções como o fim do acesso ao fundo partidário levou pequenos partidos a se anteciparem à reforma política e começarem a discutir a possibilidade de se unirem em federação para concorrer em 2018. O modelo, previsto em PEC (Proposta de Emenda à Constituição) aprovada pelo Senado e tramitando na Câmara, permite que siglas “com afinidade ideológica e programática” se unam numa “identidade política única”.

Na prática, a federação atuaria como um novo partido. Ela se formaria no período de registro de candidatura e ganharia um novo nome, com fundo partidário distribuído de acordo com os votos válidos de cada legenda para deputado federal. Já o tempo de televisão seria proporcional ao número de deputados eleitos por toda a federação.

A união tem sido tratada pelo Podemos (ex-PTN), PHS, PRP, PEN, PRTB, PSL (que pode virar Livres), PT do B (que tenta virar Avante), PSDC e Pros, segundo os dirigentes dos três primeiros partidos. Juntas, as nove legendas têm 38 deputados, o mesmo tamanho do PR, quarta maior legenda da Câmara.

Nem todos esses partidos garantem que fariam parte da federação. O PSL não se manifesta sobre a possibilidade. O Pros afirma que “não avançou conversas”. Outros, se empolgam com a ideia. “A federação dos partidos vai fazer com que todo mundo se salve”, diz Eduardo Machado, presidente do PHS. Ele indica a deputada Renata Abreu (SP), presidente do Podemos, maior entre os nove, como possível líder da união.

A deputada é, também, a presidente de uma das comissões da reforma política. Ela diz que é citada como a liderança apenas porque “tem muita amizade com os presidentes dos partidos”. “Agora que os grandes partidos estão fragilizados é o melhor momento para nos unir.”

Fonte: Folha de .S.Paulo – José Marques

 

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