Por trás da colheita de deputados que o DEM realiza em outras legendas esconde-se um objetivo ambicioso. O partido do presidente da Câmara Rodrigo Maia tenta estruturar um projeto presidencial para 2018, abandonando a condição de coadjuvante perpétuo do PSDB. No comando do DEM, o senador Agripino Maia vende aos interlocutores a tese segundo a qual há espaço no Brasil para reproduzir o movimento político que alçou Emmanuel Macron, 39, à Presidência da França, em maio passado.

O plano do DEM é conquistar a terceira ou segunda maior bancada de deputados federais, elevando suas atuais 30 cadeiras para algo entre 50 e 60 assentos na Câmara. A articulação envolve descontentes do PSB, do PSD, do PMDB e até do PSDB. Mais gordo, o partido ampliaria seu tempo de propaganda na TV. E passaria a abocanhar uma fatia mais generosa do fundo que financia as legendas com verbas públicas.

Por Josias de Souza

 

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