O Rio Grande do Norte foi surpreendido, ontem, pela ação da Polícia Federal cumprindo onze mandatos, nove de busca e apreensão em imóveis pertencentes ao governador Robinson Faria e dois de prisão preventiva de dois dos seus auxiliares mais próximos.

O episódio provoca mais uma reviravolta na política potiguar no que diz respeito às eleições do próximo ano. Primeiro foi o afastamento do quadro político do ex-ministro Henrique Alves e, agora, o caso envolvendo o governador Robinson Faria que pretende disputar sua reeleição.

A operação nasceu com a delação premiada de Rita das Mercês, envolvendo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, motivo pelo qual o foro serão os tribunais superiores. Perante o STF respondem governadores e desembargadores.

Rita da Mercês conversou diretamente com o Ministério Público Federal, receando que a Procuradoria Geral da Justiça Estadual pudesse ter interferência indesejável. Pelo que se comenta, um membro do Tribunal de Justiça foi delatado nesse processo.

Afastamento

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) poderá afastar o Governador Robinson Faria (PSD) do cargo, a partir da operação em curso iniciada ontem (15), que lhe tem como alvo principal. A Polícia Federal pediu ao STJ para tomar medidas mais incisivas contra o governador, como uma condução coercitiva, mas o MPF sugeriu apenas mandados de busca e apreensão no momento, o que foi acatado pelo Ministro Raul Araújo. Pelas informações já em poder da Polícia Federal e o que foi colhido na delação de Rita das Mercês, Anteros está apenas começando, basta acompanhar o despacho do Ministro.

 

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