STJ mantém prisão de assessores do governador Robinson Faria (PSD).

O Superior Tribunal de Justiça prorrogou, por mais cinco dias, a prisão temporária de Magaly Cristina da Silva e Adelson Freitas dos Reis. Os dois assessores do governador Robinson Faria (PSD) estão detidos desde a Operação Anteros, deflagrada pela Polícia Federal no dia 15 de agosto passado. A decisão do STJ se justifica na argumentação do Ministério Público Federal e da própria PF de que há necessidade de ouvir Magaly e Adelson sobre as provas coletadas durante os mandados de busca e apreensão, entre elas cheques assinados pelo chefe do Executivo. Com a decisão, a prisão que acabaria neste domingo (20) vale por mais cinco dias, ou seja, até sexta-feira (25).

No pedido de prorrogação da prisão, a Procuradoria Geral da República e a PF afirmam que as provas colhidas durante a Operação Anteros ainda estão sendo analisadas. São smartphones, HD e pendrives, além de planilhas, tabelas e dos cheques, que ainda estão com os peritos. As informações são do G1 RN.

Como o trabalho está em curso, MPF e PF querem tempo para interrogar Magaly Cristina e Adelson Reis sobre o material, sem “pressões ou injunções”. A manutenção da prisão evita, ainda de acordo com a acusação, a possibilidade de os dois se comunicarem e combinem depoimentos.

O Ministério Público Federal, através do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, se manifesta pedindo a prorrogação da prisão citando os cheques do governador.

“Permanece assente, então, a necessidade de guarnecer a instrução deste Inquérito, já que a coleta da prova oral ainda não se encerrou, já que urge confrontá-la com os achados da busca e apreensão, que incluem, como se disse, conversas por aplicativo telefônico; arquivos contendo tabelas; cheques com a assinatura do governador Robinson Mesquita de Faria e, isso, tudo, gize-se, livre da espécie de interferência que as conversas interceptadas com autorização desse Juízo indicaram que o mandatário estadual costuma articular”, alega Janot.

 

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