Com Meirelles, PSD quer ocupar vácuo político agravado pela Lava-Jato.

Num movimento meticulosamente combinado, o PSD surpreendeu ao apresentar na semana passada o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como o nome do partido para concorrer à presidência da República. Normalmente, as legendas não anunciam com tanta antecedência o indicado, mas o jovem Partido Social Democrático quer surfar na credibilidade do fiador da política econômica do governo Temer. Na esteira da melhora dos indicadores, o PSD abriu espaço no embolado quadro político. Afinal, as duas legendas que disputam há 25 anos o comando do país — PSDB e PT — enfrentam enormes dificuldades internas para definir seus candidatos.

Assim como outros partidos, o PSD percebeu uma oportunidade de ocupar o vácuo político, agravado diariamente pelo envolvimento de grande parte do Congresso Nacional na Operação Lava-Jato. Nesse cenário, a legenda vê em Meirelles uma bandeira com chance de pegar: a da boa gestão econômica aliada ao fato de ele não ter o carimbo de corrupto que tem contaminado potenciais concorrentes.

 

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