Desempenho das pós-graduações da UFRN atinge patamar inédito.

 

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) em Brasília divulgou na noite desta terça-feira, 19, a avaliação quadrienal referente à avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu em funcionamento no Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Em uma escala que vai de 1 a 7, na qual a pontuação igual ou superior a 4 indica bem ou muito bem avaliado, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) alcançou a marca de 63,3% de seus programas avaliados deste patamar em diante, com uma importante distinção: o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia dos Materiais alcançou a nota máxima 7, grau inédito para um programa de pós-graduação da UFRN e raro no Nordeste, região onde apenas outros oito estão neste nível.

Assim, Junto com as pós-graduações em Ecologia e em Psicobiologia, que alcançaram conceito 6, forma a tríade de programas de pós-graduação da Universidade com desempenho equivalente ao alto padrão internacional, segundo a metodologia da Capes. A reitora da UFRN, Ângela Maria Paiva Cruz, analisou que o resultado é fruto da busca pela excelência acadêmica que a atual gestão coloca em prática. “Celebrando o resultado obtido, temos muito a comemorar. Contextualizando, há desigualdades entre as regiões, pois a maior incidência de programas com conceitos 6 ou 7 é nas regiões Sul e Sudeste. Então, alcançarmos um conceito 7, é algo distintivo, uma marca fundamental, fruto de mérito e muito trabalho”, destacou Ângela Paiva.

Ao todo, 60 programas acadêmicos de pós-graduação da UFRN passaram por avaliação. Além das três notas já citadas, 15 programas de pós-graduação obtiveram conceito 5 e outros 20 receberam nota 4. A lista completa pode ser consultada no site www.capes.gov.br.

Notas

Os programas avaliados receberam conceitos na seguinte escala: 1 e 2, que descredenciam o programa; 3 significa desempenho regular, atendendo ao padrão mínimo de qualidade; 4 é considerado um bom desempenho e 5 é a nota máxima para programas com apenas mestrado. Conceitos 6 e 7 indicam desempenho equivalente ao alto padrão internacional. Entre os critérios da avaliação estão a infraestrutura, a proposta do programa, análise do corpo docente e discente e produção intelectual.

Avaliação

A primeira fase da avaliação foi concluída em agosto, após cerca de 40 dias de trabalho das comissões de especialistas, e os dados fazem parte da Avaliação Quadrienal 2017, que abrangeu, em todo o país, 4.175 programas de pós-graduação e seus 6.303 cursos em 49 áreas de conhecimento.

Foram analisados programas com, pelo menos, um ano de funcionamento. As comissões utilizam como base para a avaliação as informações fornecidas de forma contínua pelos programas durante o período avaliado, por meio da Plataforma Sucupira. Os critérios de avaliação consideram cinco quesitos: proposta do programa, corpo docente, corpo discente, produção intelectual e inserção social. Nessa etapa houve uma mudança no sistema de avaliação que passou a adotar o intervalo de quatro anos entre as análises, período alterado em decorrência da aceleração do crescimento do sistema nacional de pós-graduação.

Os resultados da avaliação têm usos diversos: estudantes se baseiam nas notas para escolher seus futuros cursos e agências de fomento nacionais e internacionais orientam suas políticas segundo as notas atribuídas da avaliação. Os estudos produzidos são a base para uma agenda de redução de desigualdades entre regiões do Brasil ou no âmbito das áreas do conhecimento.

 

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