Caso a segunda denúncia contra Michel Temer (mais Moreira Franco e Eliseu Padilha) avance na Câmara, o Planalto vai exonerar os ministros com mandato de deputado para votarem no plenário a favor do presidente, claro. O expediente é igual ao utilizado na batalha pela aprovação da Reforma Trabalhista e quando Temer foi acusado por Rodrigo Janot de corrupção passiva.

O primeiro escalão tem 14 “ministros-deputados”, mas 13 votam – Raul Jungmann (PPS-PE) é suplente de Mendonça Filho (DEM-PE), portanto está fora. A oposição precisa de 342 dos 513 votos para que a denúncia seja enviada ao STF.

Enquanto isso, acaba de ser concluída a auditoria que o Conselho Diretor do Banco do Brasil determinou nas operações citadas na Lava Jato, no período em que Aldemir Bendine presidiu a instituição. Depois de cinco meses nada de irregular foi encontrado. Os resultados devem ser enviados agora para a CVM, o MPF e ao Juízo da 13ª Vara Federal, em Curitiba.

Nenhum depoente afirmou ter sofrido pressão para favorecer empresas investigadas na operação, em especial a Odebrecht. Em delações premiadas, executivos da construtora revelaram ter pago R$ 3 milhões ao publicitário André Gustavo, apontado como operador de “Dida” (Bendine).

 

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