Via G1

Na tentativa de adiar a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, deputados de oposição não marcaram presença na sessão de plenário, na manhã de hoje. Ao usar essa estratégia, entretanto, os oposicionistas acabaram perdendo a chance de se pronunciarem na fase de discussão da denúncia em plenário. Essa etapa do processo durou menos de uma hora e teve apenas discursos de aliados do presidente.

Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha foram acusados pela Procuradoria Geral da República (PGR) pelos crimes de obstrução de Justiça e organização criminosa. Cabe ao plenário da Câmara autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a processar as três autoridades. Para que a votação em plenário seja iniciada, é necessária a presença mínima de 342 deputados registrados em plenário. Até o início da tarde, nenhum deputado de PT, PDT, PCdoB, Rede e Psol marcaram presença em plenário.

Enquanto membros da base pediam na tribuna que os colegas marcassem presença, deputados da oposição faziam ato em outra ala da Câmara. Eles reivindicavam contra uma decisão do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ) que pediu a retirada de um painel que mostrava a posição de deputados sobre a denúncia. A regra da Câmara previa que, com a presença mínima de 257 deputados no plenário, poderia ser apresentado um requerimento para encerrar a discussão. Porém, o número de inscritos para discursar foi tão baixo que a etapa de debates teve que ser encerrada antes do previsto.

Ainda assim, deputados da base ficaram se revezando no microfone, cobrando a presença dos colegas. Parlamentares como Mauro Pereira (PMDB-RS) e Hildo Rocha (PMDB-MA) falaram mais de uma vez e repetiram que os oposicionistas estavam “escondidos” nos gabinetes e nos banheiros da Casa. ÀS 12h45 (horário de Brasília), 274 deputados estavam com presença registrada no plenário.

 

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