O governo reconhece a insuficiência financeira para viabilizar projetos necessários a mitigar os problemas decorrentes da estiagem e afirma que, desde 2015, pleiteia R$ 340 milhões ao Ministério da Integração, mas recebeu apenas cerca de 16% deste valor – R$ 56,7 milhões. Os recursos seriam para aplicação do Plano de Segurança Hídrica, traçado há dois anos com projetos que, de acordo com o Governo do RN, tirariam o RN da situação de emergência.
Os R$ 56,7 milhões recebidos pelo Estado foram utilizados na construção de adutora Caicó-Jucurutu (R$ 44 milhões) e no fornecimento de água por meio de carros-pipa (R$ 12,7 milhões) – medidas previstas no plano. O investimento federal de mais de R$ 310 milhões para a construção da barragem de Oiticica não entra nesta conta por ser oriundo do Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), que une os ministérios de Planejamento e Integração.
Na avaliação do diretor-presidente do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn), Josivan Cardoso, caso o plano tivesse sido implementado em sua totalidade, os efeitos da crise hídrica no estado seriam menores. “Estaríamos em outro patamar de uso de água em nosso estado. Porque o plano vinha atrelado dentro de uma concepção de ordenamento e planejamento que não só seria emergencial do ponto de vista do momento, mas serviria para outras secas que chegassem”, explicou Cardoso.
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