Por Gerson Camarotti
Contrariado com o espaço dado pelo governo aos partidos infiéis, principalmente ao PSDB, o líder do PP na Câmara dos Deputados, Arthur Lira, decidiu faltar à reunião convocada pelo presidente Michel Temer para esta segunda-feira, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.
A irritação não se restringe a Lira. Mesmo os líderes de outros partidos do chamado “Centrão” que estarão presentes ao encontro, levarão más notícias ao governo. “Vou falar ao presidente que a reforma da Previdência do jeito que está não passa”, afirma o líder do PSD, Marcos Montes.
MAIS DESGASTE – O líder do PR, José Rocha, também diz que vai deixar claro a Temer que a bancada, depois de votar duas denúncias, não está disposta a sofrer mais um desgaste às vésperas de ano eleitoral. “A reforma da Previdência tem que ser discutida a partir de 2019. Não se vota uma medida dessa no fim de mandato”, alerta Rocha.
Nos bastidores, a avaliação de base e oposição é de que o governo já usou todo o capital político disponível e agora está diante de uma divisão entre os governistas, que já cobram uma reforma ministerial para diminuir o espaço dos infiéis. Como revelou o Blog, antes mesmo da votação da segunda denúncia no plenário, os líderes do Centrão decidiram deixar de despachar com o ministro tucano Antônio Imbassahy, e agora tratam de articulação diretamente com o chefe da Casa Civil, ministro Eliseu Padilha. “Uns fazem de conta que são da base, outros fazem de conta que votam. Desse jeito, governo vai ter base que não vota”, ameaçou um líder do “Centrão”.
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