Um dos mais ferrenhos aliados do Presidente Michel Temer, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) disse ao GLOBO, nesta terça-feira, que está “à disposição do presidente” Michel Temer para assumir a Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do governo, mas afirmou que ainda não recebeu convites para ocupar a função. — Não fui convidado, mas fico à disposição do presidente — disse o deputado.
A bancada do PMDB, por meio do líder Baleia Rossi (SP), escolheu Marun para assumir o cargo, hoje nas mãos de Antonio Imbassahy (PSDB ). Temer, no entanto, ainda não oficializou a mudança, e há, entre seus aliados, a avaliação de que o Presidente “não precisa ter pressa” para fazer essa e outras eventuais trocas. Até porque, argumentam, o destino de Imbassahy ainda não está definido.
Também estavam no páreo para assumir a Secretaria do Governo os peemedebistas Mauro Lopes e Saraiva Felipe, nomes que não agradam ao Palácio do Planalto. O nome de Marun, que foi da tropa de choque do ex-deputado Eduardo Cunha, é visto com simpatia no Palácio do Planalto. Inicialmente, aliados de Temer e o próprio presidente preferiam um nome que não viesse do Parlamento, mas a pressão do PMDB para recuperar o comando do cargo prevaleceu.
Outra avaliação do Planalto que favorece Marun é a de que, como deputado da “tropa de choque” para tentar rebater as duas denúncias criminais contra o presidente Temer, ele também defendeu, por tabela, os ministros palacianos Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral). Na segunda denúncia de que foi alvo, Temer foi arrolado com Padilha e Moreira.
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