Pressionado pelo “Centrão” e pelo PMDB para mudar o articulador político do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer decidiu, hoje, nomear o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para ministro da Secretaria de Governo em substituição ao tucano Antonio Imbassahy (BA).
Deputado federal de primeiro mandato, Marun é um dos mais ferrenhos integrantes da “tropa de choque” do presidente da República e aliado do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Para assumir a vaga no primeiro escalão, o peemedebista se comprometeu com Temer em não disputar a reeleição para deputado federal no ano que vem.
Carlos Marun é gaúcho, mas fez carreira política no Mato Grosso do Sul. No estado do Centro-Oeste, ele foi vereador de Campo Grande, deputado estadual e secretário de Habitação e Cidades.
A mudança de última hora na articulação política do governo fez com que o Planalto adiasse em uma hora e meia a cerimônia de posse do novo ministro das Cidades, Alexandre Baldy, que estava programada para as 15h30. Para aproveitar a solenidade e dar posse simultaneamente a Baldy e Marun, o cerimonial do palácio transferiu a cerimônia para as 17h.
A saída de Imbassahy da pasta responsável pela articulação política do governo é mais um movimento do tabuleiro político de Temer para tentar aprovar a reforma da Previdência Social. Deputados do PMDB e do “Centrão” exigiam a demissão do ministro tucano para ajudar o governo a aprovar as mudanças nas regras previdenciárias.
O futuro de Imbassahy ainda está indefinido. Ao longo da semana, cogitou-se dentro do Planalto que o tucano poderia ser deslocado para outra pasta, como a dos Direitos Humanos, que atualmente é comandada por outra indicada do PSDB: a ministra Luislinda Valois.
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