Via VEJA – Guilherme Venaglia
O presidente Michel Temer (MDB) convocou cadeia nacional de rádio e televisão neste domingo para fazer seu pronunciamento de Natal. Na fala, Temer defendeu os resultados do governo ao longo de 2017 e argumentou a favor da aprovação da reforma da Previdência.
Antes de elencar as “conquistas importantes” obtidas no ano, o presidente fez uma ressalva para dizer que seu governo não adotou “modelos populistas, nem escondeu a realidade”. Em frase que pode ser interpretada como uma provocação aos pré-candidatos que se colocam para 2018, emendou: “Nada de esperar por milagres e contar com salvadores da pátria”.
É uma defesa da continuidade do governo e de uma alternativa de centro diante de nomes que se colocam propondo grandes e rápidas mudanças, casos do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na mesma linha de enaltecer o que considera seu legado, Temer citou resultados da economia, como a “inflação abaixo do piso”, a redução da taxa de juros, a alta da balança comercial e a criação de “um milhão de novos postos de trabalho”.
Apesar de reconhecer que “o desemprego ainda é grande”, ele faz outro autoelogio ao projetar que a reforma trabalhista, apresentada pelo seu governo e aprovada no Congresso, vai fazer o com que o número de vagas seja “cada vez maior”. “Enquanto isso, já conseguimos baixar os preços dos alimentos e aumentar o poder de compra dos brasileiros. Está mais barato para comer, para vestir, pra morar. Está mais barato para viver”, afirmou o presidente.
Temer encerrou o discurso falando sobre a reforma da Previdência, prevista para ser votada na Câmara em fevereiro. Mais uma vez argumentou que a mudança nas aposentadorias “não é uma questão ideológica ou partidária, é uma questão do futuro do país e para garantir que os aposentados de hoje e os de amanhã possam receber suas pensões”.
O presidente também fez uma menção à Argentina. O país passou recentemente por uma onda de protestos contra o projeto de mudanças na Previdência bancado pelo presidente Mauricio Macri e aprovado pelo Congresso. “O nosso país vizinho, a Argentina, num gesto consciente e de união pelo país, deu exemplo e acaba de aprovar a sua reforma.”
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