A crise de segurança, que levou 2.800 militares das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública ao Rio Grande do Norte, agravou a criminalidade no Estado no final de 2017. No entanto, não é de hoje que a violência se tornou rotina na Grande Natal, alcançando níveis ainda mais altos após o aquartelamento de PMs.
No ano passado, as 12 cidades que compõem a região metropolitana de Natal atingiram índices de assassinatos que superam taxas de homicídios no país mais violento do mundo e até mesmo em zona de guerra, como a Síria.
A cidade de Extremoz, conhecida por belas praias como Genipabu, registrou a maior a taxa de homicídios no RN em 2017: 233 por 100 mil habitantes. No triste ranking da violência, Ceará-Mirim surge logo em seguida, com taxa de 196 assassinatos.
Os dados são do Obvio (Observatório da Violência Letal Intencional), ligado à Ufersa (Universidade Federal Rural do Semi Árido), que computa os crimes a partir de fontes oficiais.
A situação na região metropolitana elevou a taxa de homicídios em todo o Estado.
O Rio Grande do Norte encerrou 2017 com 2.408 homicídios –67 por cada 100 mil habitantes. Desde os anos 70 até 2016, é a segunda maior taxa já vista em um Estado, perdendo apenas para Alagoas, em 2011, quando houve índice de 71 por 100 mil.
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