A Petrobras anuncia na manhã desta quinta-feira sua nova política de preços para o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha vendido em botijões de 13 quilos. A política anterior, que previa revisões de preços para cima ou para baixo todo dia 5 de cada mês, foi suspensa no início de dezembro devido ao forte impacto que vinha causando no preço final para os consumidores.
O GLOBO apurou que a nova política prevê que os reajustes de preços do GLP residencial ocorrerão em um espaço maior de tempo para diminuir os impactos no bolso dos consumidores, uma vez que o consumo desse combustível atinge uma grande parte da população de baixa renda. Ao mesmo tempo, a ideia da Petrobras é manter como referência para a formação dos preços do GLP as cotações internacionais do petróleo e do próprio GLP.
A política de reajustes mensais adotada pela Petrobras desde junho de 2017 foi suspensa, em dezembro, por causa da alta volatilidade nos preços internacionais, que vinha impactando os preços internos. Da adoção da metodologia até a suspensão o reajuste nos preços chegou a 59%. O último aumento ocorreu em 5 de dezembro e foi de 8,9%.
Ao anunciar a suspensão da medida, a Petrobras informou que a forte alta nos preços decorre do inverno na Europa, que eleva a demanda no mercado internacional. Na época, a estatal destacou que a nova metodologia continuaria tendo como referência os preços do GLP no mercado internacional.
Do preço total do botijão, 26% do GLP para residência é a parcela da Petrobras. Outros 54% de distribuição e revenda, e 20% de impostos.
De janeiro de 2003 a agosto de 2015, a Petrobras não reajustou os preços do GLP nas refinarias. De agosto de 2015 a dezembro de 2016, a estatal aplicou um aumento de 15%.
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