Embora não tenham tirado os açudes de situação crítica, as chuvas dos últimos dias promovem um alívio para o homem do campo, com elevação de volumes de açudes, lagoas e aumento do fluxo em rios importantes do Rio Grande do Norte. A opinião é de Josivan Cardoso, presidente do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn).

Com dados divulgados entre os dias 9 e 14, a bacia hidrográfica dos rios Piranhas-Açu, a barragem que ganho a maior contribuição das águas foi a Armando Ribeiro Gonçalves, cuja lâmina d’água subiu 6 centímetros. Ela encerrou os últimos quatro dias de medição com um saldo positivo 2,7 milhões de metros cúbicos, atingindo 10,9% da sua capacidade, que tem volume total 2,4 bilhões de metros cúbicos.

“Embora a barragem continue no volume morto, qualquer gota é muito importante, pois precisamos manter a vazão de águas para o rio Açu, do qual depende a produção agrícola da região e o abastecimento de Mossoró e cidades da região salineira como Pendências, Macau e Guamaré”, falou Cardoso.

A lâmina d’água do açude Pataxó, em Ipanguassu subiu 1 cm, o equivalente a 37 mil metros cúbicos de água. O Mendubim, em Açu subiu 14 cm, um voume equivalente a 1,1 milhões de metros cúbicos. Já o Boqueirão de Angicos (Afonso de Bezerra) subiu 14 cm e ganhou 60 mil metros cúbicos.

Ainda na bacia do Rio Piranhas, o açude Passagem das Traíras, em São José do Seridó, aumentou 21 cm e recebeu 500 metros cúbicos por ter uma área projetada bem menor.

A bacia hidrográfica Apodi-Mossoró ganhou uma menor contribuição de águas do que a do Piranhas-Açu. O único açude que foi possível ter informações Morcego, em Campo Grande). Ele subiu 2 cm e recebeu 6,5 mil metor cúbicos.

As chuvas também trouxeram benefícios para os pequenos reservatórios não monitorados, ou seja, os que possuem volume abaixo de 5 milhões de metros cúbicos. Eles podem ser públicos (municipais) ou privados e, quando sangram, suas águas vazam para os grandes reservatórios. Além disso, os pequenos reservatórios mudam significativamente a rotina das pequenas propriedades rurais. “Se a água for usada racionalmente, é possível mantê-la o ano inteiro”, diz o presidente do Igarn.

Rios importantes que cortam o estado também subiram, como o Piranhas e o Ceará-Mirim, também contribuindo positivamente para os pequenos agricultores.

 

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