O presidente Michel Temer vai vincular as trocas na reforma ministerial, em março, ao projeto eleitoral do Planalto e do MDB, seu partido. As legendas que hoje têm cadeira na Esplanada só poderão indicar substitutos caso se comprometam a apoiar o candidato defendido por Temer – ele próprio ou outro do mesmo grupo político.
Segundo pelo menos duas pessoas que estiveram com Temer nos últimos dias, o presidente não quer que as pastas sejam comandadas por secretários executivos, como gostariam muitos dos atuais titulares, apenas para atender aos ministros que sairão para disputar o pleito. O presidente avisou que gostaria de ter “nomes de peso” para dar credibilidade ao seu governo. Exige, porém, que os novos titulares das pastas estejam alinhados ao projeto do Planalto para a sucessão de Temer. Nas palavras de um emedebista próximo ao presidente, não pode ser “cada um por si”.
Temer conversou com seus principais auxiliares sobre o assunto nesta segunda-feira, 26. Ele determinou que o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, coordene as conversas com os partidos e colha sugestões de nomes para os substitutos. O presidente avisará às legendas que elas poderão indicar os nomes, mas a decisão final será dele.
Agência Estado.
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