O Rio Grande do Norte tem uma população de 3,5 milhões de habitantes, que é atendida por 5.792 médicos, o que resulta numa razão de 1,65 profissionais por mil habitantes. São 55,3% especialistas e 44,7% generalistas, o que dá uma razão de 1,24 especialistas para cada generalista. Os homens  são 56,1% dos profissionais e as mulheres, 43,9%. A idade média dos médicos é de 45,7, com um tempo de formação médio de 19,4 anos. A maioria dos médicos (54,7%) tem até 44 anos.

Os dados constam da pesquisa Demografia Médica 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina de São Paulo. O levantamento, coordenado pelo professor Mário Scheffer, usou ainda bases de dados da Associação Médica Brasileira (AMB, Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Educação (MEC).

No estado, pediatria é a especialidade com maior número de profissionais (412), seguida por clínica médica (400), ginecologia e obstetrícia (374), cirurgia geral (370) e anestesiologia (250). As especialidades com menor número de especialistas são genética médica (1), cirurgia de mão (5), medicina esportiva (5), angiologia medicina física e reabilitação e medicina nuclear, cada um com seis especialistas.

Com uma população de 885 mil habitantes, Natal, capital potiguar, tem 4.220 médicos, o que dá uma razão de 4,77 profissionais por mil habitantes. A proporção de médicos morando na capital é de 72,9%. Dos médicos que atendem em Natal, 52,8% são homens e 47,2%, mulheres. Os especialistas são 60,5% e os generalistas, 39,5%.

Para os Conselhos de Medicina, os números apresentados confirmam o equívoco do Governo, que tem defendido o aumento da população de médicos como solução para resolver as dificuldades de acesso aos serviços de saúde no País. Pelos dados, esse crescimento, percebido em nível nacional nos últimos anos, não tem repercutido nas regiões mais distantes e menos desenvolvidas. Por outro lado, avaliam as entidades, a presença significativa de profissionais, como registrado em alguns estados e municípios, não tem sido suficiente para eliminar problemas graves de funcionamento da rede pública e de acesso aos serviços, decorrentes da falta de qualidade na gestão e da adoção de políticas públicas eficientes no setor.

Fonte: Assessoria

 

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