Por Carlos Brickmann

Acha que há candidatos demais à Presidência? Pois o número se reduziu muito, falando-se apenas dos mais conhecidos; e, do jeito que a coisa vai, sobra pouca gente. Os motivos são variados, mas há um predominante: já estão batendo nos candidatos abaixo da cintura. E vão botar a mãe no meio.

Michel Temer, embora presidente, chefe de um grande partido e dono da máquina oficial, desistiu. É difícil se eleger com tantas denúncias e inquéritos (e com aliados presos). Joaquim Barbosa parou: aos 64 anos, cobrando mais de R$ 200 mil por parecer, com tempo para viajar, sua vida pioraria tendo de falar da casa de Miami (comprada legalmente, mas e daí?), e de uma briga conjugal já resolvida, mas que sempre volta à tona.

Lula está preso e não pode ser candidato, faça as firulas que fizer. Plano B? Haddad está na delação da empreiteira UTC, que afirma ter-lhe passado R$ 2,6 milhões em propinas extraídas da Petrobras. Jaques Wagner? É investigado num caso de R$ 82 milhões de propinas da Odebrecht e OAS.

Alckmin patina (isso antes dos inquéritos). O PSB, possível aliado, está sob investigação em seu maior reduto, Pernambuco. É coisa séria: Armando Monteiro, que há anos se preparava para o Governo, desistiu (como o candidato do partido à Presidência, Joaquim Barbosa). O PMDB poderia dar tempo de TV a Alckmin, mas 70% dos diretórios o rejeitam.

Campanha é para quem tem casca dura. E não teme ficar em evidência.

 

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