Via Gutemberg Moura
O grupo político liderado em Mossoró pela prefeita Rosalba Ciarlini (PP) se encaminha para apoiar a candidatura à reeleição do atual governador Robinson Faria (PSD). “Estamos conversando sobre a aliança”, informou ao blog o deputado federal rosalbista Beto Rosado, durante a inauguração do voo da Azul Linhas Aéreas para Mossoró.
O que reaproxima rapidamente o rosalbismo do governador são as articulações em torno da formação da chapa proporcional (deputado federal e estadual). É que para o PP de Mossoró, a prioridade nestas eleições é a renovação do mandato de Beto Rosado na Câmara Federal e a eleição do publicitário Kadu Ciarlini para a Assembleia Legislativa.
Para Beto Rosado, o grupo de Robinson Faria vem dando maior atenção na composição da chapa proporcional, o que no seu entendimento facilitaria a eleição de um maior número de candidatos. A harmonia percebida entre os líderes dos dois grupos políticos, na viagem entre Recife e Mossoró, já sinalizou para um voo maior no plano político-eleitoral.
A possibilidade de o rosalbismo apoiar o governadorável Carlos Eduardo Alves, do PDT, ainda não chega a ser totalmente descartada pelo grupo da prefeita mossoroense, porém esbarra na montagem da chapa proporcional, conforme já explicou Beto Rosado. Para ele, na composição atual PDT/MDB e DEM elegeria um ou dois federais apenas.
A mesma fragilidade da chapa supracitada é vista pelo rosalbismo da disputa à Alern. O “detalhe” é mais um ingrediente favorável à aliança entre Rosalba e Robinson Faria em 2018. Nas eleições de 2014, a atual prefeita e então governadora já apoiou a candidatura do pedessista, embora não tenha participado diretamente de sua campanha ao governo.
PT fora – Chegou a coligar também, o apoio do rosalbismo à candidata Fátima Bezerra, do PT. Mas, segundo Betinho Rosado, uma aliança do PP com o Partido dos Trabalhadores é “muito difícil”. Não chegou a descartar definitivamente, mas deixou a entender que essa possibilidade é “carta fora do baralho”, ou seja, já quase “sepultada”.
Fatores distintos pesam pra isso. Um deles, é que setores radicais do PT não toleram a aliança do partido com o PP devido a rusgas advindas do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O PP votou pela saída da petista do governo e, daí em diante, entrou para o rol dos “partidos golpistas”, segundo visão política do PT dada ao fato político-judicial. E, ainda mais, os petistas descartam aliança na chapa proporcional com outras legendas.
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