Via Coluna do Estadão – Andreza Matais
A criação do Fundo Eleitoral para financiamento de campanhas está influenciando a composição das chapas de candidatos ao Senado. As vagas de suplentes de senadores, geralmente destinadas a parentes ou a endinheirados, agora entraram nas negociações de alianças.
“Se antes o suplente precisava de recurso próprio para ajudar a eleger o senador, agora o partido pode alocar dinheiro do fundo na campanha”, observa o cientista político Antônio Queiroz. Na atual legislatura, 41 suplentes assumiram mandatos de titulares, mais da metade da Casa.
Cada senador tem direito a dois suplentes, que não recebem o voto direto do eleitor, mas ganham o mesmo direito do titular se efetivados.
Em aberto. Candidato ao Senado, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO) diz que vai negociar as vagas de suplente com os partidos de sua aliança. O mesmo fará o senador Eunício Oliveira (MDB-CE), candidato à reeleição. Em 2010, as vagas dele foram dadas ao PR e PRB.
Para acomodar correligionários na sua coligação, Eduardo Paes (DEM) ofereceu a Sérgio Zveiter (DEM), o relator do impeachment de Dilma na CCJ, a vaga de suplente de Cesar Maia (DEM) ao Senado. Ele aceitou.
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