As fragilidades estruturais e de pessoal na segurança pública do Rio Grande do Norte tornam-se mais evidente no período eleitoral. Relatos de juízes eleitorais de 97 cidades e 39 Zonas Eleitorais ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) confirmam a falta de condições de segurança, principalmente em cidades do interior do estado.
Casos de homicídio no dia da votação, cerco a colégios eleitorais, urnas escoltadas pela polícia e pessoas sendo coagidas fazem parte dos registros feitos pelos magistrados. O estado é o segundo do país com o maior número de municípios que terão reforço de tropas federais no dia 7 de outubro, superado apenas pelo Piauí, que terá reforço em 112 cidades. No RN, serão 97.
Somada à fragilidade da segurança pública do Estado, a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte possui um dos piores indicadores de segurança por tribunal. De acordo com o “Diagnóstico da segurança institucional do poder judiciário” do Conselho Nacional de Justiça, apenas 7% dos juízos eleitorais do RN possuem algum tipo de segurança. O RN tem o terceiro pior índice entre os tribunais do Brasil, perdendo apenas para o Mato Grosso, com 6% e Santa Catarina, com 5%. Os dados são de 2017.
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