O editor da Tribuna da Internet tem um amigo que faz previsões políticas com impressionante grau de acerto. É o engenheiro José Novo de Oliveira Borges, que se consagrou construindo aquelas belíssimas mansões de Búzios que tanto impressionam os turistas. Na quinta-feira passada, tomando um vinho no restaurante “Gambino”, José Nono me falava ardorosamente sobre a inevitabilidade da eleição de Jair Bolsonaro. Ele minimiza a alta taxa de rejeição do candidato do PSL e não vê chance de o petista Fernando Haddad conseguir virar o jogo no segundo turno.
Concordo com meu amigo. A meu ver, Haddad não conseguirá derrotar o fenômeno Bolsonaro, que estava em vias de estacionar no teto de 22%, mas ganhou um impulso enorme com o esfaqueamento sofrido em Juiz de Fora, o risco de vida, as duas cirurgias e o procedimento adicional. Se um roteirista/marqueteiro pudesse imaginar uma circunstância para ativar a campanha, não pensaria em nada melhor.
TERCEIRA VIA – Na minha opinião, posso estar errado, claro, mas a única possibilidade de derrotar Bolsonaro seria a união em torno de Ciro Gomes, sugerida de maneira tácita por Fernando Henrique Cardoso, que não quer magoar Geraldo Alckmin, mas já magoou ao defender a união do Centro em torno de um candidato, que ele nem às paredes confessa, como diria Amália Rodrigues, que celebrizou este belíssimo verso português.
Ainda há tempo, estamos a exatas duas semanas da eleição, Ciro Gomes tem experiência e traquejo suficientes para segurar esta onda. Está se beneficiando da exclusão, porque Geraldo Alckmin, Marina Silva e Alvaro Dias não decolaram. Na pista de pouso, só restou Ciro Gomes, que ainda está taxiando, enquanto Bolsonaro e Haddad já têm plano de voo.
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